segunda-feira, 15 de maio de 2017

Galhos

Olavo dirigiu-se ao banheiro, ao retirar das vestes seu membro para urinar sentiu uma textura estranha em seu órgão, o pior surgiu quando abaixou a cabeça, meia dúzia de pequenas folhas esverdeadas brotavam de sua região intima, o tronco peniano assemelhava-se á um galho de árvore, desesperado desceu a escada. 
 – Amor, as chaves do carro. Eu vou para o hospital! 
 – O que foi querido? 
 – As chaves, rápido! Preciso ir ao médico, meu pênis, ele está virando um galho de árvore.
 – O quê? 
Olavo abaixo as roupas, mostrou para Candinha, que de súbito desmaiou. 
 – Candinha, acorda! Acorda querida!
Ao recobrar os sentidos, no ímpeto da situação, a esposa afastou-se do marido. – O que é isso? Disse ela.

 – Calma meu bem! Tudo vai ficar bem! Disse ele, tentando aproximar-se da esposa. Foi quando observou que dos ouvidos de Candinha germinavam folhas e a ponta de um galho. 
 – Amor você também. Está nascendo uma árvore em você! 
Não deu tempo para ela entender o que acontecia, pois o pequenino Gu entrou na cozinha. 

 – Mamãe, papai, "oia"!
Os dedos do menino agora eram uma dezena de galhos e folhas. 
– Filho, meu Deus! Disse Candinha abraçando-o. 
Sem compreender o que acontecia atônitos, ouviram um chamado vindo do lado de fora da casa. 
 – Atenção todos os moradores, mantenham a calma e não saíam de casa! Isso e uma ordem!  Mantenha a calma! Permaneçam em suas casas, estamos aqui para ajudá-los. 

Olavo olhou pela janela, o som vinha do veículo militar, junto ao automóvel, centenas de homens vestidos com roupas anti radioativas e outras parafernálias, espiou acima, vindo do horizonte, uma mancha escura tingia o céu, imediatamente lembrou-se da usina nuclear, foi quando Bulmer, o cachorro, entrou no recinto, a família incrédula olhando para o animal, no lugar da pata traseira esquerda um pé humano crescia. 


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